sábado, 19 de maio de 2012

Citadino

Sais de casa, o sol
Aparece...quase que aquece
Envolves-te na multidão
A carreira passa, ficas
Com o bolso na mão

Observas o que não é teu
Vives como que alheio
Tocas o espaço comum
Não te condenas, aliás
Dás ares de natural!

Passas despercebido
Segues em caminho
Tens o rodear citadino
Temes o contacto tímido

É a hora, está na hora
Trazes música aos ouvidos
Tudo se abstrai
Um mundo se cria, onde outro cai

O que vês não te diz nada
Não há o barulho dos motores
Já não há falares de mais idade
Já não há juventude revoltada

Agora és outro, confiante!
As ruas passam por ti
Nada te vai abater
O espaço é só teu, sim
E ninguém te o tira
Imparável!

Dois choques, duas revoltas
Seres em deambulação
Dois mundos em colisão
Cais, escondidos em ondas

Não te levantas do chão
O teu sonho acabou
A realidade manda
Desloca a tua mente
Agonias, paralisas sem dor

A casa espera....não, não
Não voltas ela não....

sábado, 5 de maio de 2012

Indie´s

Culturas, lazer
Pedaços de ser
Fraguementos de ver
Um só prazer?

Noites em claro
Companhias inesperadas
Um copo, um cigarro
Espíritos comuns
Vidas ali passadas

Cultos que se misturam
Simples desconhecidos
Um gosto comum
Será que é o que procuram?

Diz-se independente
Senhor do seu nariz
"Homem" de muitas faces
Pensador do mais, além
Do concensual, do divergente
Amado por uns, outros...Quem?

Mudas, finges não notar
Rebelde como só tu
Arriscas, não queres parar
Metamorfoses na pele
Surgem sem saberes
Permanecem como "tatu"