segunda-feira, 19 de agosto de 2013

És

Minha razão, força
És parte de mim
És o que eu sei que és
És-o para mim!

Tempo rápido, voa
Contigo, nada custa!
Abrigo, abraço apertado
Linda, não me assusta!

Meu norte, meu ser
Descanso em ti
Sonho, acordado será?
Mil e um anos viverá?

Encanto, amor de surpresa
Apareceste, mudaste-me
Grande, sem pressa
Beijos, à francesa

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Paredes?

O coração pára
Bala em colete
Embate, em choque
Cai, sem um toque

Escuro como a noite
Medo, angústia
Devagar se abrem
E assim se vêem

Os corvos ausentes
Corpos perdidos
No vão de escada...
Paredes! Ecos escondidos

Na neblina, eles voltam
Capazes de tudo!
Inocentes suspiram...
Vale tudo?!

Tudo vai, nada fica!
Ou será que fica?...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Toque

Toque, toque 
Toque, não toco
Toque, toque,
Toque, não toque

Toque, quem é?
Toque, atendo?
Toque, porque me toca?
Toque, carinho?

Toque, toque, 
Toque, não toque
Toque, sem tocar
Toque, sem amar

Toque, toque
Toque ao falar
Toque ao olhar
Toque, sem tocar 

Toque, toque...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Magia

Coração sem fala
Falatório deambulante
Corpo que não respira
Mente em agitante neblina

Beleza de contagiar,
O melhor dos piratas
Sorriso capaz de,
Derrubar muralhas!

Olhar de rebuscada simpatia,
Será amor ou será magia?

Falas tremelentes
Peitos quase desfeitos
Mãos sem sentidos, mentes
De feitos descabidos!

Sabor de nobre empatia,
Será amor, será magia?

Suor na pele corrente,
Carinhos a quente
Trocas, fortes pulsações
Um só corpo, dois corações!

Desconcertante alegria,
Será amor? Será....

domingo, 7 de abril de 2013

Ocasião

Linda, estonteante
Fala, suave vigor
Mostra,tem esplendor
Olha, não me traz dor

Alegria alarmante
Doce navegante
Sob olhar penetrante
Adoro, ofegante...

Perda irreal, quase fatal
Destino traçado, julgado
Traz receio, medo!?
Futuro incerto ou certo?

Peça de luz, viva
Toque, real sensação
Janela, translúcida
Ilumina, senão o coração

Alegria de ocasião?

segunda-feira, 1 de abril de 2013

ContraNatura

Doce dourado
Luz da mente
Vaso do mundo
Voz que mente?

Sorriso dependente
Fá-lo sem pensar
Pensa-o sem falar
Ama-o sem respirar!

Bate sem querer
Bate mais para querer
Bate, bate...
Pára de bater, pára...

Se conhecer, se o tiver
Ter? Ter é poder?
Poder é gostar?
Gostar é adorar?

Adorar é amar?
Amar...o que é amar?
Brilho no olhar?
Desleixo satisfeito?

Risada sem nexo ou ocasião?
Mundo secundário?
Será paixão ou loucura?
Será, será...

Perder os sentidos
Cair no precipício
Recuperar do coma
Respirar ofegante!

Será contranatura?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Leve Flutuante

Encara o desconhecido
Nada teme, nada receia
Sem demonstrações de ceder
Olha, leve, sem estremecer

Vaga deambulante, flutua
Pelos campos da saudade
Sempre de cabeça erguida
Qual deusa, qual santa ermida!?

Implacável subtileza
Desliza sob o manto verde
Com beijos sorridentes
Toques suaves "dissidentes"

Perigosa, apaixonante
Sensível, dilacerante
Forte, poderosa amante
Leve, flutuante...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nivis

Leve, levemente
Embate em mim
Cuidadosa, meiga
Cheia de vida, amor
Faz-me sorrir, louco
Pareço infantil, olhar
De criança, sem fim

Aconchega-me por dentro
Recorda-me a inocência
Faz-me feliz com pouco
Sair do leito para a janela
Só para vê-la, apenas vê-la

O brilho, a luz reflectida
As brincadeiras, puras belas
O esquecer de tudo, ali
Ilusão sem truques, apenas
A sua  natureza mágica
Saudade nostálgica....

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ecos

Cores feitas de cheiros
Flores, de um sei lá jardim
No chão, brancas pétalas
Abandono sem fim

Tectos movediços
Olhares inquietos
"Garotos" metediços
Gritos afagam sustos

Vazias as paredes
Sem as ditas palavras
Esperanças de vida
Ocas sobre o nada

Chaves se perdem
Portões se fecham
Ventos que fingem
Flores se secam....