domingo, 16 de novembro de 2014

Alguém ouviu?

Só Ele sabe, não há noção
Estranheza que nos possui
Abalos que nos derrubam
Sem aviso, alguém os ouviu?

Inquietudes de uma só vida
Ninguém sabe, são nossos
Gritos em pensamento
Ninguém ouve, será...

Será, que alguém os ouviu?

Questões sem resposta, filosofias
Provas ou crenças?
Procura incessante milenar
Quem nos atraiçoa?

Ele ou Ela?

Capaz do melhor e do pior
Devaneios inconscientes
Ou, atitudes convictas
Será uma ilusão sem dor?

Ele falou, Ela iludiu
Será que alguém os ouviu?

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Como Nunca Antes

Não se explica, não se pode
Forte, fora do normal
Fugaz, deixa-me fora de mim
Sente-se, como nunca antes!

Meu bem, minha musa
Minha paixão, meu amor!
Rimos os dois, choramos os dois
Amamo-nos como nunca antes!

Teu sorriso, teu olhar
Beleza estonteante, apaixonante
Lábios de paixão, ternura
Qualquer coisa vibrante!

Céu azul sob a imensidão
Um olhar trocado
Vibro, impossível dizer não
É coração apaixonado

Angústia, amor demais
Aperto, forte, desconcertante
Meu pensar sempre em ti,
Meu viver, como nunca antes!

Nosso, só nosso
Ninguém o pode roubar
Eterno, vencedor, quase irreal
Porque se abraça sempre o real?

Tempo que voa, ladrão
Rouba meu olhar, que ama
Cada traço, sorriso, toque
Teu, só teu, que eu arrebato
Com ou sem autorização

Minha inspiração, meu
Verso inacabado, meu
És perfeita para mim
És o que ninguém foi antes!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Fugaz?

Sente o que está,
Para lá de tudo
O que te deixa fora de ti
O que te enfurece,
Silenciosamente...

Angústias presas
Sobre águas revoltas
Dores que não se curam
Sob a mágoa do viver

Olha para lá do ver
Vê o que tu és, sem filtros
Névoa que se espalha sobre ti
Mentira...

Ama-te mais de quem te ama
Sente quem tu és, invencível
Vive o hoje, és linda
Recorda o inesquecível

Levanta-te, abraça a vida
Quedas? Ninguém dúvida
Mais forte, mais capaz!
Sorri, isso é o mais fugaz!

Vive, sorri mas vive!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Angústia Desempregada

Dor invisível, não dói
Penetra tua alma, não dói
Dor que não é só tua, é
De todos os que te amam!

Deambulas pelas ruas, cidades
Não sabes p'ra onde vais
Perdeste a noção de futuro
Tão repetitivo! Porque não sais?

Fugir não é destino
Ficar não é vida
Impasse de perdição
Mói, angústia coração

Lutas até que não possas mais
Lutas, sem armas que cheguem
Desarmado, incapaz
Ainda sob a alçada de uns pais

Pais sem norte, corrói-se por dentro
Leva-te a alma, o pensamento
Desespero escondido...
Olhas, sentes-te perdido...

Palavras nada são, escritas nada valem
Pensamento esquecidos
Valores se vão, poderes se vêem
Obscurecidas, obscurecidos...

Angústia dependente, sem que se empregue,
Já desempregada...

Chão

Um chão vazio a meio
Uma moeda caída em redor
Um velho passeia, sozinho
Uma moeda não pára, não pára!
Sobe sobre o monte
A pedra cai entre si
Viaja até não poder mais
Rompe a ruína dele só
Segue a sina de um dó
Um chão...só...

A Noite

Noite, noite só
Silêncio sombrio
Sombras apagadas,
Sob luzes escondidas

Ouves a mente
Faz-te divagar, sonhar
Pensar que és demente
Ela engana, deixa-se ganhar...

Noite, noite só
Escondida e só
Protege-se do sol
Dá força à lua!

Adormeceu-se o girassol,
Pensas que é só tua...

Palavras se riscam em panos brancos
Pensamentos se esvanecem sem querer
Sons se esperam sob os flancos
Vultos se erguem e te fazem tremer!

Noite, noite só...
Sozinha entre si
Inimiga do dia,
Amiga de quem pensa por si!

sábado, 4 de janeiro de 2014

Acredita

Acredito, eu sei que sim
E tu? Sabes o que é?
Sabes este moinho?
Sim, este que nunca te deixa

Quente, nunca pára
Mantém te vivo
Não te mente, não
Isso são suposições

Olha o que não vês
Melhor é o que sentes!

Será real? Isto é real?
Diz-me! Dói...
Sabes que sim...
Será que é assim?

Louco te admiro
Viajante de venero
Pacífica excitação
Hesitante te espero

Deixas meu sol caído
Perco me em ti
Deixa que te leve
Sabes que é assim

Respiro ofegante
Tarda em ir tal sensação
Será que é bom preságio?
Sabes que sim

Máquina que não pára
Coração turbilhante
Paixão real, amante
Acredita...Sabes que sim

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

És

Minha razão, força
És parte de mim
És o que eu sei que és
És-o para mim!

Tempo rápido, voa
Contigo, nada custa!
Abrigo, abraço apertado
Linda, não me assusta!

Meu norte, meu ser
Descanso em ti
Sonho, acordado será?
Mil e um anos viverá?

Encanto, amor de surpresa
Apareceste, mudaste-me
Grande, sem pressa
Beijos, à francesa

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Paredes?

O coração pára
Bala em colete
Embate, em choque
Cai, sem um toque

Escuro como a noite
Medo, angústia
Devagar se abrem
E assim se vêem

Os corvos ausentes
Corpos perdidos
No vão de escada...
Paredes! Ecos escondidos

Na neblina, eles voltam
Capazes de tudo!
Inocentes suspiram...
Vale tudo?!

Tudo vai, nada fica!
Ou será que fica?...