sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Luz

Abre a luz
Traz o que é teu
Faz, não digas nada
És tu, sim tu
Olhas para o lado
Não vês nada
Porquê? Sim, és
Sim és tu, sim tu
Não ignores, não penses
Vai!! Não digas nada
Nada podes fazer
Nada te vai deter
Sair?! Sair não...
Não está neste acordo
Resta-te embalar
E deixar-te, a sério
Ela não se vai apagar
Mesmo, contigo ela não
Contigo nunca!
Não receies, avança
Avança, descobre o outro
Um novo mundo, uma outra
Realidade!!
Passaste?! Não acredito!!
Olho...nada vejo
Era a luz apagada em si

MESA - Luz Vaga

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sentir

Sente o sol na tua cara
Vê o que podes ter
Sem querer, sem te estimar
Vais ter comigo na noite
Sinto a tua pele, sinto...
Mas o que acontece? Quando?
Quando...já não houver sol!
Sinto-te, mesmo no meio da neblina
Que importa ver-te, olhar-te, se
Se não te sinto, assim
O que são os passos do teu coração
Quando não vês o que está perto
Não penso, não rio, não nada
E proquê? Porquê??
Porque a lua não está em ti!
A chuva mostra-se, o calor apetece
O nevoeiro é o nosso inimigo!
Mas tudo bem, está tudo bem
Porque eu te sinto, e
Apenas isso me importa...
Sentir-te!
Sentir o teu toque
Sentir o teu olhar
Sentir o teu cheiro
Sentir que me sentes
Sentir o que sinto
Sentir...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Contra Mão

Vivo desorientado, sem rumo
Sozinho, no deserto escondido
Trépido, em mim sem nada
Confuso, bloqueado
Sigo assim, entre espadas e
Paredes, sem solução...

Perdão?! Soluções sim! mas
Difíceis, muito, quase impossíveis
Não tens paz nem sossego, nada
Te corre de feição, mas és
Um optimista! Sentimentalista nato

Mas, pouco expressivo, pouco evidente
As palavras traduzem o teu ser, a tua alma
Fluis mais rapidamente de contra um não, do que
Contra o palco e o público da vida
O papel é o teu chão, o teu suporte, e a
Tinta o teu coração, a tua mente, a tua ilusão...

Vives como podes e sem poder, desconcentrado
Sem rumo, distante!
Omnipresente, confiante!!!
Vives!...Em contra mão

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pensamentos

Pensamentos distantes,
Palavras soltas,
Frases incompletas,
Distracção. Pura abstracção
Porquê?
Será desinteresse? Ou uma única e só
Inocência?!
Talvez, nem uma coisa nem outra...

Simplesmente é algo indiscutível (ou não)...
Pelo menos por palavras...
E porque é que acontece?
Será algo consciente ou inconsciente?
Premeditado ou imprevisto?
Talvez nem uma coisa nem outra...

Chamam-lhe de vaguear, ter a cabeça na lua,
E por aí fora...ilusão??
Sonho? Sentimentos? Desejos escondidos?
Talvez nem uma coisa nem outra..

O que será então que nos deixa assim?
Tudo isto ou nada disto?
Algo mais para além do visível? Do real? Do palpável?
Talvez nem uma coisa nem outra...

Fica a meditação ou a ausência de pensar
E deixa-se ir a resposta...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Kaiser Chiefs - I Predict A Riot [Lyrics]

Juventude

Floras, cresces intensamente
sob o raiar do meio dia
Jovem, crescente
Fugaz e até mesmo estupidamente
Alegre, entusiasta
Nada te carece
Perdeste na ilusão
O sonho invade-te
Não reclamas
Porque é que o farias?
Afinal o que é bom
(pensas tu..)
Não se recusa, não se abandona
Estupidez de certo...

Ah..como te enganas
Como és tão puramente inocente
Ingénua...
O que são afinal os sonhos?
A ilusão? A fantasia?
Não são mais que imagens
Puras imagens que te levam
Te navegam pelos recantos do infindável
Do absolutamente inantíngivel

É verdade, aceito
Mas, apenas e só quando
Ainda os ossos não nos doerem
Nós viajamos pelo desconhecido
E lutamos por ele, pelo imaginável
E isso sim, não nos faz perder
Nem desistir, nem nos darmos como derrotados
Pois ela é bela de mais, para se deixar ir
Como o pensamento...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Solidão

Vivo sozinho, sem rumo
Vagueio pela rua
Arrastando o que já fui
Sem me preocupar com o que sou
Sem me preocupar com nada

Porque é isso que eu agora sou
Ninguém...
Passam por mim sem me ver
Ignoram-me, olham-me de lado
Não ligo, não me importa

Sussuram entre si
Disfarçam
Mas não tão bem que eu...
Não veja, o que está claro
A sua cara de pena

Pena que não aprecio nem quero
Sou o que sou
E sou-o porque quero
Nada mais
Perdi tudo na vida

Sem me queixar
Pois sei, que nem sempre é justa
Porque o que seria dela sem injustiças??
Sem favores, poderes e tudo isso mais?!
Seria muito melhor...

Porque me iludo e acredito
Nada disso faz sentido
Nada acontecerá
Resta-me esperar, esperar, esperar
Apenas e só esperar

Que o espaço
Fique vazio, oco, silencioso
Sem nada para contar

JORGE PALMA - Escuridão

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Morrer...

Sente-se preso
Sem forças
Sem respiração
Luta, desespera...
Continua a lutar
Entristece...

Não pensa, apenas
o impulso e a vontade
de sobreviver o move,
O não faz desistir
nem abrandar nem...
...nem mesmo parar!

Não consegue, nada lhe sai bem
Nada o anima nem motiva
Nada o puxa para cima
Nada! Absolutamente nada!

Por fim, já acabado
Conforma-se...dá-se por vencido
Sente-se fraco, derrotado
Mas, surpreendentemente, deixou...
De se importar com isso, deixou...
De se importar com tudo e com nada

E assim se entrega..
Sentindo-se subitamente livre, sem dor
E encontra a plenitude, a calma
Deixa-se ir, deixa ir a alma
E..fecha a fechadura
Há muito aberta do seu ser!

Cerra os olhos e deixa-se dormir....

Foge foge bandido - Insónia

De noite...

A expressão do Homem como ser sapiente e capaz de criar e alimentar novas ideias é única, e acredito que a maior parte das vezes essas acontecem de madrugada com a cabeça a pesar e "mil litros" de cafeína a correr pelas veias impedindo a vinda do mundo fantasiatório e irreal do sono. Foi entre estes dois momentos distintos mas muitos ténues que um tal pensamento se esbateu sobre o meu ser e assim do nada ou por tudo, surge nela (a minha cabeça..lógico...) o rascunho: "Porque +e que não fazes um blogue ó idiota!?"..sim porque esta minha "amiga" é sempre muito simpática para mim...bem mas eu nem alimentei mais essa ideia, estapafurdia para mim nesse momento, e deixei me embalar pelo aconchego do fino algodão dos meus lençóis. Mas, quando o sol já ia adiantado, a água quente sobre o meu rosto faz me relembrar tal coisa e como um ribeiro que vai crescendo cá estou eu cedendo aos caprichos da mente...


Cenas, tipo coisas, insónias, sonambulismos, criações nocturnas, fumos sobre janelas....