segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

MenteCapta

Corres para onde não vês
A felicidade incomoda
Há risos estonteantes
Forças dilacerantes?

Foges, ofegante...
Capaz de tudo!
Desejas a vitória d'antes
Fazes da derrota ou teu luto

Mudo...Te esperas
Perdes-te inconsciente
Enganas o inevitável
O que te invade a mente

Mente?...Quem é que mente?

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vida


Vida que queres aproveitar
Deitas tudo a perder, por
Quase nada, deixas-te queimar?
Não queres que ela te diga que não
Não deixas que ela te autorize ou não

Gostas do que não é normal
Gozas com o ridículo
Gozas até contigo mesmo
Não aprecias o aborrecimento
Não te deixas enganar por agradecimento

Ideias te perseguem, em mente
Idolatras o que apenas, anseias
Será que vives em pensar?
Pensar chateias os invejosos?
Inveja os mais corajosos
Encoraja quem mais se acanha

Sociedade quase sempre impervisível
Quase que te ilude com provocações
Leva-te sem pedir, deixas
Permites sem opinar, não
Dás conta, é voluntário, sem queixas

Aproveitar ao máximo é o lema
O que é um lema?!
Algo que move multidões?! Razões...
Cais pelo que vês, e não queres ver
Marionetas conduzidas pelo ter

Vida de viveres e sentires
Vida de amizades e amores
Vida de conquistas e encantos
Vida real e ilusória...

O que é ela neste momento?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Aquele Jeito

Sorris, disfarças o envergonhado
Disfarças o olhar com timidez
Tímida, evitas o embaraço
Embaraçada me sorris

Delicada, meio desajeitada
Sem jeito me seduzes
Trocas os meus sentidos
Sinto que é desta vez

Vejo-te vezes sem conta
Perco-me no teu ser
Sou-o inesperadamente
Leio-te sem nunca te ter

Falas com aquela tua doçura
Adoças-me, mesmo sem querer
Queres tudo, não consegues parar
Pára-me agora, pára-me devagar

sábado, 17 de novembro de 2012

Dor

Olha para ela, o que vês?
Olha para ela, o que sentes?
Olha como se deve olhar
Olha sem desconfiar
Olha para ela, ela olha para ti?

O que vês? O mesmo que ela?
Sentes o que ela sente?
Vives o que ela vive?
Respiram o mesmo ar?

Atento, as escutas
Confuso, as ouves
Sentido, a compreendes
Amável, a apoias

Singelo abraço
Apertado, cheio de ser
Vivido, amado
Sentes a dor, a dor
Do que é assim viver!

Faltam-te a palavras
Ris-te por compaixão
Choras sem qualquer razão
Apagaste a alegria
Disfarças a preocupação

Força! Dizes tu...
Nada mais há a dizer?
Sabes o que dizer?
Quando e como o dizer?
Quem te ensinou....

Passados escondidos
Realidades vividas
Experiências inacabadas
Leituras destemidas

Perguntas como ela está
A coragem mascara-te
O corpo abstrai-se de te iludir
Pecas por demasia, por pedir
Levas o safanão do dia
Pedes para ela nunca mais vir...


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sem Nexo

Escritas,  levas outra coisa
Cenas de mão em vez de seres
Olha em vão e depois que dizes?
Desisto sem saber o que quero
Não sei se se posso ou não

Levezas de ser em questão
Coisas sem nexo ou exatidão
Profundezas de ser ou de ter
Desesperos de outros dias
Fins de semana ao relento
Casas sem o teu aconchego

Nada te dá problemas
Sem nomes ou prefixos
"Timings" de outros modos
Compromissos sem falha?
Apertos até ao nó da navalha?

De pé ou sem assento fixo
Dormes sem saber como
Pintas as cores do céu
Vês o que aparece sozinho
Olhas quando ninguém te vê

Conversas de ser sem razão
Barulhos de ocasião
Permissas de boa opinião
Sussurros de confissão
Coisas sem nexo nem exatidão



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Arquitecto

Constrói, imagina
Idolatra, voa!
Viaja sobre mundos
Diferentes de tudo
Faz olhos mudos

Papel é a sua casa
Caneta o seu suporte
Tinta a sua vida
Desenho o seu Mundo!

Transporta-nos até à ilusão
Leva-nos onde não sabemos
Guia-nosem novos sonhos
Transforma real a imaginação

Impotentes, nos iludimos
Nada fazemos, não...
Nos apercebemos!
Perfeita sua criação
Imperfeita nossa negação

Criador ou Ilusionista?

Grátis

Grátis, e é grátis!

Dizem eles na rua...
Falsa satisfação
Publicidade enganosa
Lucros inesperados!

Consciências desmatrilizadas
Inertes, adormecidas
Olhos que absorvem
Muito mais que a mente!

"Comemos" o que queremos
E, o que não queremos!
Palavras mágicas,
Imagens sonhadoras
Deixas-te ir, de vontade...
Tão simples, insignificante que,
Olha só...
Nem te deste conta!

Será que elas andam sempre??
Sempre?! Mas sempre?!
Inacreditável....
Sempre hipnotizadas!

Objectivos sempre iguais
Refilações sempre iguais
Manifestações, sempre iguais
Reuniões, palestras, programas
Renvindicações, sindicatos, televisão
Rádio, jornal, internet.....mais e mais
Sempre iguais?!



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Rotinas

Chuvoso, cinzento dia
Rotinas, males maiores
Maiores que um ser
Menores que a Alma

Rotinas, passos iguais
Rótulos em branco
Fotocópias em branco
Cópias rotinadas
Copiadas entre si
Serão sistemas?

Sítios comuns aos demais
Salvaguarda de mundos
Salvação intelectual?
Inteligente... Pensa-se
Inteligentemente?!
Encontra-se a monotonia?
O monótono persegue-nos?

Inertes a qualquer reacção
Fingimos não ver, não saber
Olhamos de lado o tédio,
O movimento em si,
A alegria, a felicidade!

Inveja-nos tudo e todos
Incapazes de compreender
Ser o que já não somos
Incapazes de viver!

Controlam-nos como peões
Bonecos de marionetas
Seguidores leias,
De utópicos ideais!

Soldados robotizados
Prontos a "apagar"
Sem razão, norma
A qualquer momento

Rotinas ou Malefícios?
Inteligência ou Indiferença?
Sentir ou Sair?
Viver ou Ver?...

domingo, 23 de setembro de 2012

Paixão

Reencontras a força
Da solidão
Reencontras a força
Da construção
Vales pelo que vales
Sabes o entendido
Tu não estás só, não
Falas com o desconhecido
Ele Pertence-te, não Te é alheio...
Olha-o nos olhos, Segue a claridão!

O suor despertino
O calor libertino
O ter escondido
O ser valentino
O amarrar, desarmado
O ser que já não és
Falas, escondes, vives
Apenas morrer será assim?

Confessa os teus perdões
Fala sem prisões, opiniões
Livre és tu, serás sempre!
Não caias nas ideias justas
Obscuro, quase violento
Descasmara-te sem te ver
É um locufusco luminiscente
É uma claridade falsa
Repentina, traiçoeira

Não penses mais...
Reages até não mais
Não aguentas, ele entranha-se
Respeita-te, abate-te
Ali mais, não...
Abre a janela, deita-te
Isto é Paixão?!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Transplanetário

Rasga, não pára
Não falas, não sentes mais nada
Nada! O transe supera
Não dá, não dá

Enlouqueces em sentimentos
A cabeça entra em sonho
O corpo?! Em fúria!
Não seguras, não dá!

Contacto em segundos
Toques triunfais, quase fatais
Impulso repentino, irreal
Dois seres amados!

Bloqueias nesse momento
A excitação não fala,
Manda! Deixa-te incapaz
Impossível, ninguém aguenta
Ela é o teu capataz!

Transformas-te no que nunca foste
Levas-te por ela, sem te negares
O desconhecido descontrola-te
Dás o passo, será em falso?
Não dá, não dá!

Cais em precipício, livre
Sensação desmovida de crer
Falas, não consegues
Moves-te, não prossegues
Zona sem fundo...
Não te seguras, não dá!

O êxtase está em alta
Tudo parece intocável,
De outro mundo, nosso!
Será transplanetário ou palpável?

Acordas! Sentes o cansaço
Dois corpos unidos em si
Bem, como está tudo bem?!
Terá sido loucura ou o fim?

Há roupas rasgadas no ar...

     


sábado, 7 de julho de 2012

Passeio

Estiloso, cheio de estilo
Passeias-te pela rua
Todos te são indiferentes
Tomas-a como tua
Como propriedade!

O teu à vontade, aflige
Faz inveja aos demais
Aos simples vagueantes
Aos curiosos, aos "mirones"
Aos que deambulam sem rumo

A tua confiança, atrai
Afasta os mais tímidos
Enlouquece os mais audases
Faz ser desejada por menores
E criticada pelos maiores

Nada disso te importa
A tua mente está ausente
Estás abstraído com pensamentos
Sonhas acordado por momentos
Alguém te bate à porta...

Alguém fala, não ouves...
Alguém grita, não ligas...
Alguém te toca, não sentes...
Alguém te beija, não reages...
Onde estará ele?

sábado, 19 de maio de 2012

Citadino

Sais de casa, o sol
Aparece...quase que aquece
Envolves-te na multidão
A carreira passa, ficas
Com o bolso na mão

Observas o que não é teu
Vives como que alheio
Tocas o espaço comum
Não te condenas, aliás
Dás ares de natural!

Passas despercebido
Segues em caminho
Tens o rodear citadino
Temes o contacto tímido

É a hora, está na hora
Trazes música aos ouvidos
Tudo se abstrai
Um mundo se cria, onde outro cai

O que vês não te diz nada
Não há o barulho dos motores
Já não há falares de mais idade
Já não há juventude revoltada

Agora és outro, confiante!
As ruas passam por ti
Nada te vai abater
O espaço é só teu, sim
E ninguém te o tira
Imparável!

Dois choques, duas revoltas
Seres em deambulação
Dois mundos em colisão
Cais, escondidos em ondas

Não te levantas do chão
O teu sonho acabou
A realidade manda
Desloca a tua mente
Agonias, paralisas sem dor

A casa espera....não, não
Não voltas ela não....

sábado, 5 de maio de 2012

Indie´s

Culturas, lazer
Pedaços de ser
Fraguementos de ver
Um só prazer?

Noites em claro
Companhias inesperadas
Um copo, um cigarro
Espíritos comuns
Vidas ali passadas

Cultos que se misturam
Simples desconhecidos
Um gosto comum
Será que é o que procuram?

Diz-se independente
Senhor do seu nariz
"Homem" de muitas faces
Pensador do mais, além
Do concensual, do divergente
Amado por uns, outros...Quem?

Mudas, finges não notar
Rebelde como só tu
Arriscas, não queres parar
Metamorfoses na pele
Surgem sem saberes
Permanecem como "tatu"

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Des(Alma)da

Ser obscuro, sem ser
Ser procuado incessantemente
Ser que não se mostra
Ser que não é palpável

Faz parte de nós
Diz que é intransponível
É o nosso verdadeiro
Consome-nos ou purifica-nos?

O que é a Alma?
A Alma da gentes?
A nossa própria Alma?
Será real??
Questões...

Diz que esta fica, que não vai
Diz que supera o outro, o corpo
Diz que nos guia para lá do mundo
Diz que é d'onde a gente sai

Apodera-se de nós jovens
Ataca logo nossos corações
Desafia constantemente a mente
Diz a verdade, diz que não mente!

Pode ser bondade ou maldade
Ser curiosa ou mal amanhada
Dar amor ou liberdade
Poder ser uma alma desalmada!

terça-feira, 27 de março de 2012

Voltas

Apressas-te em ir
Olhas-te no espelho
São horas da saída
Tocam relógios de partida

Certeza? Não tens
Hesitas, olhas sem pensar
Alucinas, sais dali
Sem te moveres

Perdes a noção
Não te importa
Não queres, não te apetece
Ouvir, dizer, respirar

Bonito?! Feio?!
Bem vestido?!
Confiante? Ou...
Descontraído?
Sorrir?...

Decides? Ou
Queres uma solução?
Falta-te algo,
Intrigas-te,
Será? Resulta?
Devo ir? Sim?!

Arrisco? Sou o quê?
Mudas ou sossegas?
Confuso?
Vais?
Voltas?

São voltas,
Voltas que a tua mente não esconde
Voltas de olhos semi-cerrados
Voltas de queres e ambição

Voltas....
Parece que andei às voltas?

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vai

Vai
Não me chateies mais
Dás voltas ao corpo
Em formas verbais

Vai
Não me chateies mais
Dá a tua cama
Aos que te são demais

Vai
Não posso mais
Cheiras o tempo
Falas com copos a mais

Vai
Deixa-me em paz
Porque eu sei
Não sabes para onde vais!

Vai
Deixa-me ir
O meu sossego é a tua luz
A minha vida é o teu querer
Não, não
Acabou! Não como o tempo
Este não espera
Nem eu...

Jorge Palma | Página em Branco

segunda-feira, 19 de março de 2012

Será

Será que foi assim
Será que estudaram
Será que mudaram as coisas
Será que o fizeram
Será?

Será que sou capaz?
Será que eles me respondem?
Será que serei o que eles querem?
Será que eles gostarão?
Será?

Será o que não foi
Será o não planeado
Será o inesperado
Será o que não fui
Será...

Será tanta coisa
Tantas ambições
Tantos planos
Tantas tentativas
Tanta esperança
Será?
Será que valerá a pena?
Será que não te arrependes?
Será?

Só sei o que foi
O que aconteceu!
Sonhos?! Onde estão?
Agora não sei,
O que Será!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Apaixonantes

Delicadas
Sensíveis
Fortes, com carácter
Poderosas
Misteriosas
Elegantes
Simplistas
Ou talvez não
...

Perfeitas
O melhor
O nosso Amor
A nossa Paixão
A nossa Perdição
O nosso Querer
O nosso Acreditar
Únicas

Belas como elas só
Fazem-nos divagar
Quase enlouquecer
Perder a cabeça
Deixar de ser nós mesmos
Confundei-nos
Deixam-nos sem rumo
Tábuas de razão
Fogos de sentimento

São Elas, sim
Nada mais do que Elas,
Apaixonantes!

terça-feira, 6 de março de 2012

Página

Página em branco
Universo em aberto
Mentes em claro
Sonos em desafio

Homens pensativos
Crianças curiosas
Mulheres nervosas
Escritores criativos

Um mundo a descobrir
Uma caneta decisiva
Um poder de mente
Um explorar o inexplorável

Pode ser tudo
Pode ser nada
Não reclama
Não pede nada
Espera,
Espera,
Até que a tinta a penetra!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Linkin Park-In The End(Piano Version)

Fim

Paredes brancas
Uma luz de presença
Uma cama desfeita
Uma secretária cansada
Um fim de dia!

As pernas a fugir
Os olhos não se quererem abrir
Um rosto deslavado
Um Corpo suado
Um fim de noite!

Uma casa sem cor
Já sem alma
Não se sente nada
Um robe mal amanhado
Chinelos gastos
Um fim de alguém!

Olhos enrugados
Um corpo a morrer
Pernas que já nem se sentem
Um respirar ofegante
Um recordar constante
Um fim de vida!

Despertas!
Não pensas mais nisso
Deixaste-te levar
Não sabes como acabou
Só aí te perguntas
Isto será o fim?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Materno

Olha, sorri
Não diz nada
Não, não precisa
Eu e ela sabemos
O olhar, ai esse olhar
Diz-me tudo!

O que quero,
O que não quero
O que pertendo ter!
É amor, é compaixão
Ela sente-o, vê-se!

Preocupa-se, emociona-se
Sempre alerta, quase que
Institiva, não falha
Sabe bem o que acontece
Pega e segura as lides
Nunca desiste!

Forte, capaz de derrubar o medo
Nunca, mas nunca pára
Não sabe o que isso é
Não o consegue evitar
Nem sequer o pensar

Inspira-me
Ouve-me
Dá-me tudo
Sabe bem
Quem eu sou,
E serei!
Vê-me transparente
Como só eu a mim

Sinto o calor
Sinto o aconchego
Sinto a protecção
Sinto o Amor
Sinto...
O que é viver!

Mafalda Veiga e Jorge Palma | Tatuagens

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Coise

Tipo cenas, um gajo
Altivo, quase que impõe
Um certo respeito! Mas,
Não!! Óculos embaciados
Cabelo desgrenhado
Andar característico, quase
Que em pezinhos de lã
Muito próprio, sempre
Com as suas cenas e tal e coise

Bem falante, gosta bastante
Gesticular com as mãos!
Amigável, cómico, desajeitado
Ri-se, mas ri-se em loucura
Há sempre parvos a encherem-lhe a cabeça!
Com cenas e tal e coise...
Parvas!!

Relaxado, tudo tranquilo
Ideais próprios, sons da "street"
T-shirts apelativas, quase que
Provocadoras, incendiárias!
Não se importa, não quer saber
Mulheres? Quantas já amou?
Elas? Não se esqueçem!
Mas há sempre aqueles, sim esses
Que há e tal, e cenas tipo coise...
Os pins!!

(Dedicado a um grande Amigo, podem vê-lo aqui http://vamosfalando.blogspot.com/)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sonho

Sinto-o, tenho medo
Tenho! Não pelo que é
Mas, e sim pelo que
Pode ser! Sinto-o
Não durmo, deixo acontecer
Perco-me, entro em efusão
Bate, quase em turbilhão
Leva-me onde não sei
Deixo-me ir, não resisto
Será ilusão?
Será imaginação?
Será transparente?
Será...
Acordo!! A luz bate...
Na janela, oiço vozes
Sinto vento na face, quase
Que em arrepio...
Não me mexo, intriga-me!
Realidade ou ficção?
...

Lights

Love, my love
What I've done without you
I don't know, really
But I'm not worry
And you know why?
'Cause Love is, only
A sentimental cause
A light on darkness
Only one, only
Life's more than a light
It's all the sky!

You aren´t alone
You're with me!
You're my light! My single light
And I'm loving it! oh yeah
So, so much, specially
When light´s turning off and
I make love with you!

Lucid Dreams - iTunes Festival

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Olhar

Sente, vê o que és
Olha! Não me mintas
Estás a olhar??...Olha!
Deves...Não te queiras
Sê o que és, sim?!
Pensa, olha o que se lhe diz
Vê, sente, respira, palpa
O toque sim, é essencial
O respirar é motivador
Mas o olhar...o olhar
Fixa-nos, penetra-nos
Deixa-nos hipnotizados, quase
Que nos enfeitiça!
Distante mas verdadeiro
Diz que é a alma...nao sei
Se é ou não, mas sim algo
Transparente, como que imana lucidez
Ou mesmo intenções!
Engana sem saber, sem querer
Mas quem é que não acredita?!
Um olhar correspondido,
Um olhar maroto,
Um olhar sedutor,
Um simples olhar!
Rimo-nos, e por fim
Abraçamos o que vimos...

sábado, 21 de janeiro de 2012

Ela(s)

Forte, muito forte
Dura, quase impenetrável
Responde fugazmente, quase
Sem pensar, instintivamente,
Será defesa? Não sei,
Talvez sim, talvez não
Triste não se nota,
Luta, nunca pára
Continua a lutar..
Incansável, talvez até quase
Impermeável tal capa

Mas, e porque não há
Acho eu, resistíveis
Baixa guardas, deixa-se levar
Contínua e sem desconfianças
Leve, delicada
Quase que nos ilude, tamanha franqueza
Sente-se o calor, outrora escondido
Fugaz,
Contangiante
Desconcentrante!
Simplesmente,
Apaixonante

domingo, 15 de janeiro de 2012

Toranja - Lados errados

Lados

Objectivos de vida
Esteriótipos de ser
Veículos de confusão
Sentimentos desorientados
Sem ser, sem rumo

Lados opostos
Lados sobressaídos
Lados de cada lado
Lados não são, mais que miragens
Suposições, ilusões, ões, ões, ões

Cara ou coroa
Ser ou não ser
Bem ou mal
Amar ou odiar
Viver ou morrer

Lados opostos
Lados sobressaídos
Lados de cada lado
Lados que são miragens
Mas, no final...
São lados que são apenas um
Um ser, um amor, um objectivo, uma vida

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Beirut live at Amoeba on the October 27th 2007

Tua ou Minha

Tolinha,
Doida,
Achas mesmo?
Que eu não importo nada?!
Que eu estou bem?
E quando tu não estás cá..achas mesmo??
Saudades?

Claro que tenho!
Cada coisa que faço ou acontece
Só me faz lembrar de ti e,
De querer estar contigo!
Porque...

O que seriam das coisas
Sem ti?! Se não fossem passadas
Com a mulher amada!
Não tens vergonha? De ter
O poder de me deixar assim!

Não o disse,
Não porque não quisesse
Ou porque não interessava
Mas porque...
Não achei que fosse importante (mal visto...)

Pois o que queria,
Era ouvir a tua voz! Ouvir!
O gosto com que falas do que conheces
Parece que fiz mal...

Já te devia conhecer
Saber o que não gostas
Desculpa-me por te adorar
Por esta burrice, talvez até estupidez
...

Mas quero que saibas
Que nada te escondo
Nem tenho de o fazer
És parte de mim, da minha vida
Longe, estás longe!

Ver-te
Tocar-te
Cheirar-te
Beijar-te
Olhar-te
....

Ele

Olha-se no espelho
Fixo, penetrante
Quase obsessivo
Não sorri, não pestaneja
Não se move, quieto

Vê-se, mas não se conhece
Não se reconhece
Nada daquilo que vê
O faz sentir seu
O faz ser ele prórpio

Não reage, nada faz
Porque nada disso lhe incomoda
O não ser o que devia ser
Isso não lhe importa
O olhar e não se ver

Porque e simplesmente
Ele não se quer ver
Não se quer conhecer
Nem saber quem ele é!
É melhor assim...

Sem dor, sem sofrimento
Sem mágoa, sem angústia
Sem nada...
E assim, cobrindo, continua
O espelho da sua vida

Algo

Vagueias pela rua
Deambulas
Deixas que tudo te invada
Sorris, disfarças, finges
Proteges-te

Tudo passa por ti
Como se de um filme se trata-se
Onde tu fazes parte dela
Mas não o podes
Nem o consegues parar nem mudar

Sentes-te preso
Não sabes o que é
Só sabes que te incomoda
Te deixou mal
Te agonia

Pensas, desesperas
Voltas a pensar, entristeces
Algo te consome e é,
Como se não o conseguisses combater
Nem derrotou

Mas como?
Não sabes o que é
Nem se é algo ou alguma coisa
Ou até mesmo...
Alguém...

Posto isto, e
Sem mais nada que possas fazer
Resta-te,
Sentar na secretária
E escrever...