quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Solidão

Vivo sozinho, sem rumo
Vagueio pela rua
Arrastando o que já fui
Sem me preocupar com o que sou
Sem me preocupar com nada

Porque é isso que eu agora sou
Ninguém...
Passam por mim sem me ver
Ignoram-me, olham-me de lado
Não ligo, não me importa

Sussuram entre si
Disfarçam
Mas não tão bem que eu...
Não veja, o que está claro
A sua cara de pena

Pena que não aprecio nem quero
Sou o que sou
E sou-o porque quero
Nada mais
Perdi tudo na vida

Sem me queixar
Pois sei, que nem sempre é justa
Porque o que seria dela sem injustiças??
Sem favores, poderes e tudo isso mais?!
Seria muito melhor...

Porque me iludo e acredito
Nada disso faz sentido
Nada acontecerá
Resta-me esperar, esperar, esperar
Apenas e só esperar

Que o espaço
Fique vazio, oco, silencioso
Sem nada para contar

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